Sábado, 19 de Junho de 2010
Jovem do concelho de Pinhel (minha conterrânea) tem tipo de sangue raro e aguarda por transplante de coração
Inês apela à solidariedade
Inês Tomé, de 18 anos, residente em Manigoto, no concelho de Pinhel, apela à solidariedade para encontrar dadores de sangue com o tipo B-. O apelo surge numa altura em que esta jovem e família se confrontam com a necessidade de ser feito um transplante de coração para que a Inês continue a viver e possa acabar os estudos, que interrompeu este ano, quando frequentava o 12º ano na Escola Secundária de Pinhel.
Fica aqui parte de um texto escrito pela própria Inês, onde relata a sua situação: “Sou a Inês e tenho dezoito anos. Moro numa pequena aldeia do interior de Portugal, no distrito da Guarda, chamada Manigoto.
Eu sempre fui uma criança com alguns problemas de saúde. Nasci com problemas de coração. Aos 5 meses de idade fui operada, tudo correu dentro dos possíveis. Todos estes anos levei uma vida dita “normal” mas sem fazer educação física e muitas mais coisas que gostava. Durante o Verão passado (nas férias escolares) estive num ATL durante duas semanas, mas não consegui acabar o contrato, porque a meio já estava muito cansada e tive de ir para Coimbra de urgência. Os meus médicos apenas me deram mais medicação. Ia quase todas as semanas a Coimbra ou para o hospital próximo, porque me sentia mal na escola. No fim de Setembro fiquei internada em Coimbra e não se chegou a conclusão nenhuma. Só em Fevereiro é que me disseram que o meu coração andava muito cansado.
Continuei a piorar e numa semana tive que ir várias vezes ao centro de saúde, ao hospital da Guarda e por fim a Coimbra, aos hospitais dos Covões, mas aí foi para esquecer. A minha cardiologista marcou a consulta para o dia 19 de Abril. Nesse dia disseram-me que o meu coração estava mal, que ia ficar internada para resolverem a situação e não me disseram muita coisa, apenas me disseram que não podia estudar mais este ano. Deram-me uma carta para entregar na escola. Eu li-a e vi que ia fazer um transplante de coração.
A partir daí, a minha vida e da minha família deu uma volta muito grande. Tudo mudou: os nossos hábitos, o meu dia-a-dia, e a minha família teve de começar a viver em função de mim. Esta situação está -me a deixar muito em baixo, porque eu sempre fui independente e muito activa.
Tenho que ter uma pessoa junto de mim 24h por dia. Por isso, a minha mãe está desempregada e não pode procurar trabalho. Apenas o meu pai trabalha.(…)
Eu, neste momento, preciso de cuidados especiais: uma alimentação variada, um tratamento especializado no dentista, toda a minha medicação, que é muito cara(…).
Por outro lado não sei quanto tempo irá demorar a realização do transplante, porque tenho um tipo de sangue muito raro.”
Quinta-feira, 5 de Março de 2009
A Beira Interior é uma região que resulta da moderna união da antiga província da Beira Baixa, com a parte da antiga província da Beira Alta correspondente, grosso modo, ao distrito da Guarda (exceptuando os concelhos de Vila Nova de Foz Côa e de Aguiar da Beira, das regiões de Trás-os-Montes e Beira Litoral, respectivamente).
É constituída por 25 municípios: Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Mêda, Pinhel, Sabugal, Seia e Trancoso (distrito da Guarda), Belmonte, Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova, Sertã, Vila de Rei, e Vila Velha de Ródão (distrito de Castelo Branco), Mação (distrito de Santarém) e Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra).
História
A Beira Interior teve, desde sempre, um papel determinante na história de Portugal. Habitada desde tempos imemoriais, por povos pré-históricos, guarda vestígios da época do Bronze (dos quais se destaca a Espada de Castelo Bom, exposta no museu da Guarda), e foi, mais tarde, terra de origem dos Lusitanos, primeiro sinal da identidade portuguesa, que se refugiaram nos Montes Hermínios, actual Serra da Estrela, na luta feroz contra os invasores latinos. Os Romanos, mais fortes, acabaram por vencer, e trouxeram grande evolução à região, desenvolvendo a agricultura e apostando na exploração mineira. Seguiram-se os Visigodos e os Muçulmanos, que trouxeram inovações que estão na origem dos hábitos ancestrais das pessoas desta região. Mas foi na época medieval que a Beira Interior ganhou mais brilho. Disputada, entre os séculos XI e XIII entre Portugueses, Leoneses, Castelhanos e Muçulmanos, foi o garante da independência nacional face a estes povos, e tomou uma importância fulcral para o nosso país. Foram construídas dezenas de castelos e fortalezas, que ainda hoje podemos visitar, e que estiveram durante séculos na linha da frente na defesa do reino de Portugal. É talvez por isso que os beirões-interiores se assumem, desde sempre, como grandes patriotas. Após o fim das guerras, com a definição das fronteiras, as povoações são recuperadas, e a população aumenta significativamente, com a tomada de medidas que promoveram a fixação de colonos nestas terras (talvez hoje em dia, fosse necessário retomar esta ideia...). Foi importantíssima na época dos Descobrimentos, tendo sido berço de alguns dos nossos maiores navegadores e exploradores, dos quais se destacam Pedro Álvares Cabral, Afonso de Paiva e Pêro da Covilhã. Mais tarde, na Guerra da Restauração, os seus castelos e fortalezas, e o patriotismo das suas gentes voltaram a assegurar a independência nacional. Como recompensa, houve melhorias consideráveis nas construções da região. Mais tarde, a Guerra dos Sete Anos provoca a invasão de algumas povoações raianas, que mais uma vez dão uma prova de patriotismo, ao afastar o invasor. Aquando das Invasões Francesas, os beirões voltaram a dar a vida pela independência nacional, no cerco de Almeida e nas batalhas de Fuentes de Oñoro e Trancoso. Estas invasões provocaram uma forte destruição em toda a região, que abriu uma ferida de morte. A meio do século XIX, o progresso chega, com a abertura das Linhas da Beira Alta e da Beira Baixa, e da fronteira rodoviária de Vilar Formoso. Porém, a emigração começa a fazer-se sentir e a população, ao longo do século XX, vai descendo, por falta de condições de vida. Só nos anos 80 e 90 são criadas algumas infra-estruturas, mas o esquecimento a que foi cronicamente votada ao longo de quase dois séculos, e a falta de autonomia regional no presente, continuam a hipotecar o futuro da Beira Interior.
Identidade Regional
Ao contrário do que é usual pensar-se, a Beira Interior não é uma unidade regional recente. Já no século XIII, em 1299, D. Dinis, no seu testamento, ao dividir Portugal em regiões, cria a região da Beira, correspondente aos actuais distritos da Guarda e de Castelo Branco, e a parte do de Viseu. Nos séculos XV e XVI, as bases da divisão do Litoral e do Interior da Beira mantêm-se. No século XIX, quando se começaram a desenhar as divisões em províncias tradicionais, aparece-nos uma Beira Baixa alargada, que correspondia aos distritos da Guarda e Castelo Branco, ou seja, praticamente ao território da Beira Interior moderna. Quase todas as divisões propostas pelas reformas liberais propunham, embora com configurações diferentes, a divisão entre o Litoral e o Interior da Beira. No século XX, no período do Estado Novo, várias reformas avançam sempre no sentido da divisão das Beiras em Litoral e Interior: ora com 3 províncias (Beira Alta, Baixa e Litoral), ora apenas com a Beira Litoral e a Beira Interior, um modelo moderno que é apoiado pelos maiores geógrafos da época, e seguido na adopção do III Plano de Fomento (1969-1973). Após o 25 de Abril, a Beira Interior aparece na primeira proposta de Regionalização, em 1976. A Beira Interior aparece também como região postal (códigos postais 6000 a 6999), de turismo e telefónicas (grupo de indicativos começados por 27). Com a adesão à CEE, são delimitadas as 7 Regiões Agrárias, entre as quais se encontra a Beira Interior, modelo adoptado pela CEE para Portugal. Em 1998, neste seguimento, nas propostas de regionalização do PS e da CDU (registe-se o boicote do PSD e do CDS), a Beira Interior é região consensual, e é apresentada a referendo, onde a campanha de desinformação lançada pelos anti-regionalistas acaba por dar o seu fruto, acabando por se registar, apesar da afinidade das populações com a região proposta, uma rejeição não à região em si, mas à Regionalização em princípio, já que esta não foi bem explicada aos portugueses. Hoje em dia, a Beira Interior é já uma região entrosada entre os seus habitantes, tendo bastante aceitação nesta zona como uma boa solução de regionalização para Portugal. Apesar de tudo, é preciso convencer os beirões-interiores das vantagens da Regionalização para a sua região, já que, apesar da unidade Beira Interior ser bastante aceite, a Regionalização como princípio de desenvolvimento ainda não é bem entendida por estes lados.
Património
A Beira Interior é a região por excelência do património. É uma das regiões com mais castelos e fortalezas, cerca de 45 no total, a sua grande maioria em bom estado de conservação. Conserva um ambiente medieval, que aliado às suas paisagens bucólicas, a torna um destino turístico por excelência. 12 dos 13 núcleos históricos recuperados ao abrigo do programa “Aldeias Históricas de Portugal” localizam-se na Beira Interior: Almeida, Castelo Mendo e Castelo Bom (concelho de Almeida), Sortelha (c. Sabugal), Castelo Rodrigo (c. Figueira de Castelo Rodrigo), Marialva (c. Meda), Linhares da Beira (c. Celorico da Beira), Belmonte, Trancoso, Castelo Novo (c. Fundão), Idanha-a-Velha e Monsanto (c. Idanha-a-Nova). As cidades são também muito ricas em património, de várias épocas e estilos arquitectónicos. Aqui destacam-se a o centro histórico e a Sé da Guarda (gótico-manuelina, séc. XIV-XVI), o Paço Episcopal de Castelo Branco, e as antigas fábricas da Covilhã. Imperdíveis são também os centros históricos de Sabugal, Trancoso, Celorico da Beira, Gouveia, Belmonte, Penamacor e Fundão, a fortaleza em forma de estrela de Almeida, a jóia da arquitectura militar portuguesa, e a antiga cidade episcopal de Pinhel. De outras épocas, há ainda múltiplas antas, sepulturas antropomórficas e construções romanas (destaque para Centum Cellas, em Belmonte). O património tem vindo a ser recuperado e conservado pelas autarquias e governo, e assume um papel fulcral na vocação turística da Beira Interior. Sente-se a falta de uma autoridade regional que articule as diferentes políticas de turismo e património, e divulgue verdadeiramente esta região belíssima, mas que a maioria dos portugueses ainda não descobriu.Geografia
Território e População
A Beira Interior tem limites naturais bem vincados. A norte, é delimitada da região de Trás-os-Montes e Alto Douro, pelas serranias dos vales do Douro e do Côa. A este, os rios Mondego e Zêzere, e as serras do Açor, da Gardunha e da Lousã, separam-na da Beira Litoral. A sul e a sudoeste, o rio Zêzere e a serra da Melriça separam-na da Estremadura e Ribatejo. A oeste, as fronteiras com Espanha são as mesmas desde há mais de séculos: os rios Águeda e Erges, e a ribeira dos Tourões, sendo que em várias partes existe a chamada “raia seca”. E, no extremo sul da Beira Interior, o rio Tejo faz a ponte com o Alentejo. O relevo de toda a região é acidentado, com destaque para as serras da Estrela (que se eleva a 1993 m), da Gardunha (1227 m de altitude), de Alvelos (1084 m) e da Malcata (1075 m). Porém, a raia norte da Beira Interior está situada num planalto, prolongamento da Meseta Norte, cuja altitude oscila entre os 600 e os 800 m. A zona sul da região está inserida noutro planalto, mais baixo, prolongamento da Meseta Sul, com altitudes que oscilam entre os 500 e os 700 m. É banhada por três dos principais rios portugueses, o Douro, o Tejo e o Mondego, e pelos seus afluentes, Côa, Alva, Zêzere, Águeda, Erges e Ocreza, entre outros. A Beira Interior ocupa um total de 12 533 km².
Segundo o INE, em 2007 a Beira Interior tinha 368 818 habitantes, correspondendo a uma densidade populacional de 29,4 hab/km2. A população concentra-se maioritariamente nas cidades e vilas, sendo que, se até agora se tem verificado um ligeiro aumento na sua população, desde o início do século que a população tem estagnado ou mesmo diminuído, mesmo nas maiores cidades. Actualmente, segundo o anuário 2007 do INE, existem 10 cidades na Beira Interior: Covilhã (24 772 hab.), Castelo Branco (30 649 hab.), Guarda (26 061 hab.), Fundão (8 369 hab.), Seia (5 702 hab.), Gouveia (3 759 hab.), Pinhel (2 578 hab.), Sabugal (2 362 hab.), Trancoso (2 348 hab.) e Meda (2 193 hab.). As vilas são outro foco de concentração de população. Para além das sedes de concelho, destacam-se ainda Vilar Formoso (Almeida), Alcains (Castelo Branco), Tortosendo e Teixoso (Covilhã). Verifica-se um acentuado envelhecimento da população, que, em alguns concelhos, diminuiu cerca de 15% só entre 2000 e 2007. Grande parte das aldeias da região tem menos de 200 habitantes, e estão em risco de ficar com população zero a curto/médio prazo. Contas feitas, apenas 11,7% dos cidadãos da Beira Interior tem menos de 15 anos, enquanto os idosos (mais de 65 anos) representam já cerca de 25,6%. Esta realidade levará, portanto, a uma diminuição acentuada da população da Beira Interior nos próximos anos. São, portanto, necessárias políticas regionais de fixação de empresas e população, que não estão ao alcance das possibilidades das autarquias nem têm sido preocupação dos sucessivos governos.Recursos naturais
A Beira Interior é uma região bastante rica em recursos naturais. Em primeiro lugar, os recursos hídricos, provenientes das bacias hidrográficas do Douro, do Tejo e do Mondego, permitem a produção de electricidade em várias barragens e centrais hidroeléctricas. Por outro lado, os fortes ventos que normalmente se registam na Beira Interior permitem a produção rentável de energia eléctrica através dos parques eólicos, que têm vindo a aparecer na região. A energia solar tem também espaço para crescer. Deste modo, a Beira Interior é auto-suficiente em termos de energia, podendo inclusive produzir energia para suprir as necessidades do resto do país. Outra das riquezas da região é a abundância de fontes de água de nascente e águas minerais naturais, que são exploradas por várias empresas, dando origem às mais conhecidas marcas de água do nosso país, como a Serra da Estrela, Alardo, São Silvestre e Sete Fontes. O subsolo é também muito rico, registando-se explorações de quartzo, feldspato, lepidolite, estanho, volfrâmio, urânio, tungsténio e cobre, e existindo ainda vários depósitos minerais por explorar. As principais minas da região são as da Panasqueira, no concelho da Covilhã. A exploração de rochas toma também um papel muito importante, principalmente dos granitos amarelos e dos xistos.Património Natural
O património natural é um dos cartões de visita da Beira Interior. As suas paisagens bucólicas únicas atraem visitantes de todo o país. A neve, rara em Portugal mas frequente na Beira Interior, é o principal atractivo. É nesta região que se situa a maior área protegida do país, o Parque Natural da Serra da Estrela, que contém valores naturais relevantes, incluindo algumas espécies de flora únicas no país; na fauna destaca-se o lobo (Canis lupus), o javali, a lontra e a raposa (Vulpes vulpes). Na Torre, situa-se a única estância de esqui natural do país, a Estância de Esqui Vodafone. Na zona norte da região, situa-se o Parque Natural do Douro Internacional, famoso pelas suas arribas dos vales dos rios Douro e Águeda, onde abundam as aves. Nos concelhos do Sabugal e Penamacor, localiza-se o Reserva Natural da Serra da Malcata, caracterizado pela sua fauna única, onde prontificam espécies como o lobo e a raposa. Foi criada para servir de santuário para o lince-ibérico, espécie em perigo extremo de extinção. A sul, o Parque Natural do Tejo Internacional, caracterizado pelos seus bosques de sobreiros, azinheiras e salgueiros, e por populações únicas de cegonhas, águias, abutres, lontras e veados.Economia
Sector Primário
Apesar dos solos da Beira Interior não serem muito produtivos, a agricultura é, ainda hoje, a principal actividade de muitos dos habitantes da região. A Beira Interior produz produtos muito apreciados, alguns deles classificados pela União Europeia. Destacam-se os vinhos da Beira Interior, a cereja e a maçã da Cova da Beira, e o azeite da Raia. O cereal mais abundante é o centeio. A pecuária é um actividade com condições de prosperar e ser rentável, tal como acontece do lado de lá da fronteira, mas apenas se houver real interesse do país e da região em que tal aconteça. A criação de gado bovino, ovino, suíno e caprino encontra aqui condições óptimas para se praticar. A exploração de madeiras, nomeadamente o pinheiro e o carvalho, é também praticada com alguma rentabilidade A Beira Interior tem, assim, condições para ser um dos pilares da agricultura portuguesa. Porém, neste momento, a população agrícola encontra-se envelhecida, o que poderá hipotecar o futuro da actividade nesta região.
Sector Secundário
A indústria na Beira Interior vive tempos de crise. Se, em tempos, a região foi um importante pólo industrial em termos nacionais, nos últimos anos, devido à falta de incentivos à fixação das empresas no interior, e à crise nacional e internacional, muitas empresas fecharam ou estão em risco de fechar, aumentando consideravelmente os níveis de desemprego da região que, se nada for feito, correm o risco de ultrapassar os 10% nos próximos tempos. Actualmente, os principais sectores industriais presentes na Beira Interior são os têxteis, os componentes para automóveis e a agro-indústria.
Sector Terciário
O sector terciário tem-se desenvolvido nos últimos anos. Actualmente, a oferta em termos de serviços, principalmente na área do turismo, tem potencializado este sector na Beira Interior. Nas cidades, o comércio a retalho tem-se vindo a expandir, com a abertura de múltiplos supermercados, hipermercados e centros comerciais. Contudo, o comércio tradicional tem entrado em declínio.
Transportes e Comunicações
Posição Estratégica
A Beira Interior encontra-se numa posição estratégica em termos nacionais e Ibéricos. Localizada no centro nevrálgico de Portugal, e servida pelas principais rotas rodoviárias e ferroviárias transfronteiriças da Península Ibérica, é o lugar privilegiado para a instalação de qualquer empresa com ambições a nível do mercado ibérico. É, sem dúvida, a região melhor localizada em toda a Península em termos de ligação Portugal-Espanha, localizando-se no centro do triângulo formado pelas cidades do Porto, Lisboa e Madrid, com acessibilidades rápidas a todas elas. A principal plataforma multimodal da Beira Interior é a cidade da Guarda, a 200 kms do Porto (2h), 320 kms de Lisboa (3h) e 375 kms de Madrid (4h). Outros pólos estratégicos multimodais são Vilar Formoso (principal fronteira terrestre de Portugal), Castelo Branco, Covilhã e Celorico da Beira.
Principais vias de comunicação
A Beira Interior tem sido, nos últimos anos, finalmente alvo de modernizações na sua rede rodoviária. Assim, é servida por cerca de 245 kms de auto-estradas e algumas vias rápidas, que conferem à região boas acessibilidades com o resto do país e da Europa. Na Beira Interior confluem os eixos rodoviários europeus E80 e E802. As auto-estradas A23 (Torres Novas-Guarda) e A25 (Aveiro-Vilar Formoso), as vias-rápidas IC8 (Pombal-Proença-a-Nova) e IP2 (Fratel-Castro Verde) e as estradas N 17 (Coimbra-Celorico da Beira), N 102 (Macedo de Cavaleiros-Celorico da Beira), N 221 (Miranda do Douro-Guarda) e N 240 (Castelo Branco-Segura) constituem a rede fundamental que serve a região. Assim, os principais pontos de intersecção rodoviária são a Guarda, Castelo Branco, Celorico da Beira, Vila Velha de Ródão, Vilar Formoso e Segura, sendo fácil aceder, a partir deles, ao Porto, Lisboa, Coimbra, Viseu, Bragança, Portalegre, Salamanca, Cáceres, Madrid e à fronteira franco-espanhola de Hendaye/Irún. Em termos ferroviários, a região é servida pelas linhas da Beira Alta (Pampilhosa-Vilar Formoso) e da Beira Baixa (Entroncamento-Guarda). A Guarda, como ponto de intersecção das duas linhas, é o principal ponto ferroviário da região. Actualmente, as linhas estão a trabalhar a meio-gás, devido ao seu mau estado de conservação. Ainda assim, efectuam-se os serviços Intercidades de passageiros Guarda-Lisboa e Covilhã-Lisboa, e o serviço internacional Lisboa-Guarda-V.Formoso-Paris. Existe um aeródromo na Covilhã.
Em suma, a Beira Interior é uma região com grande potencial, mas que tem sido desprezada continuamente pelos governos centrais, por pura falta de vontade política. Se tudo continuar como está, e mesmo com a regionalização sob o mapa das 5 regiões-plano, a Beira Interior continuará dependente do Litoral, que desconhece as realidades, e desvia os fundos e as medidas que são indispensáveis à sobrevivência da Beira Interior, e acabará por morrer, como já está a acontecer aos poucos com a maioria das aldeias e vilas. A única forma de reverter esta situação e evitar a morte da Beira Interior é uma regionalização que atribua notoriedade e poder efectivo à Beira Interior, de modo a que aqui se possam aplicar as melhores políticas, que se coadunem com a realidade específica desta região. (Por Afonso Miguel)
Quarta-feira, 5 de Novembro de 2008
Um homem viaja para Paris e, numa paragem, ele encontrou um homem com 7 mulheres.
Cada mulher tinha 12 filhos e 12 filhas.
Cada filha de cada mulher tinha 4 filhos e 7 filhas.
Cada filho de cada mulher tinha 7 filhos e 4 filhas.
Cada neta tinha 4 amigos.
Quantas pessoas chegaram a Paris?
Terça-feira, 4 de Novembro de 2008
Dias 08 e 09 de Novembro de 2008
A Câmara Municipal de Almeida vai realizar no fim de semana 08 e 09 de Novembro de 2008, a Iª Feira de Caça Pesca e Desenvolvimento Rural, no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso.
O objectivo do certame é divulgar o património cinegético, natural e paisagístico da região, tendo em conta a importância das actividades de caça e pesca para o desenvolvimento sócio-económico e ambiental da região. O evento irá contar com várias áreas de exposição de caça, pesca e produtos regionais, tasquinhas com pratos e petiscos de caça e pesca, animação e actividades ligadas à temática do evento. Um colóquio subordinado ao tema "Caça, Pesca e Comunidade", largada de perdizes, montaria ao javali, demonstração de aves de presa (falcoaria), tiro com arco e besta, são algumas das actividades que irão animar o programa da feira.
Irá estar presente Victor Maurício - Campeão Nacional de 2007/2008 das provas de Santo Huberto, com uma demonstração de cães de parar. A fauna viva estará representada com uma exposição de espécies cinegéticas como falcões, perdizes, coelhos, pombos, avestruzes, javalis e cães de raça.
Programa
08 de Novembro (Sábado)
08H30 - Montaria ao Javali (Nave de Haver)
10H00 - Abertura do Salão de Exposições
11H30 - Demonstração de Meios da Equipa Cinotécnica da GNR
14H30 - Grupo de Concertinas Clave de Sol
15H00 - Demonstração de Aves de Presa (Falcoaria)
15H30 - Demonstração de Cães de Parar com a presença de Victor Maurício
17H00 - Colóquio: "Caça, Pesca e Comunidade"
21H00 - Actuação do Grupo de Fados da Guarda (Auditório do Pav. Multiusos)
23H00 - Encerramento do Salão de Exposições
09 de Novembro (Domingo)
08H30 - Largada de Perdizes (Zona Industrial em Vilar Formoso)
10H00 - Abertura do Salão de Exposições
11H30 - Demonstração de Meios da Equipa Cinotécnica da GNR
14H30 - Actuação do Grupo de Concertinas de Fig. Cast. Rodrigo
15H30 - Libertação de uma Ave recuperada no Cervas
16H00 - Folclore: Grupo de Lendas, Danças e Cantares de Riba - Côa
17H00 - Folclore: Rancho Folclórico da Miuzela
19H00 - Sessão de Encerramento