Quarta-feira, 25 de Junho de 2008

O Multiculturalismo no Liceu de Camocim

 

Um novo olhar para o aluno do campo
 
[Imbuído do espirito da iniciativa promovida neste blogue, de abertura à publicação de artigos de quem deseje colaborar na sua manutenção e valorização, procedo hoje à publicação de um artigo que me chegou do Brasil. Trata-se de um trabalho desenvolvido em Maio de 2008, pela Turma 1 de Camocim que teve como tutor Adalberto Xímenes, num curso no âmbito de um Programa de Tutoria em Células de Formação Continuada para as Humanidades organizado pelo Núcleo de Pesquisas e Estudos em Educação Continuada para o Desenvolvimento das Humanidades da Universidade Federal do Ceará - UFC - REDE/MEC]
 
 
 
O Multiculturalismo no Liceu de Camocim:
Um novo olhar para o aluno do campo
 
 
Resumo: Esse artigo aborda o Multiculturalismo no Liceu de Camocim: Um novo olhar para o aluno do campo. O Liceu de Camocim é uma escola de Ensino Médio da rede pública estadual, na cidade de Camocim, com 1150 alunos envolvendo os três turnos e com 141 alunos oriundos do campo.Constatamos que os alunos da zona rural estavam deixando de fazer os trabalhos extra-classe, refletindo o baixo desempenho escolar, diante dessa problemática, resolvemos pensar em soluções, tendo como objetivo a inclusão efetiva do aluno da zona rural, na escola dando-lhe suporte para uma plena execução das atividades escolares propostas, de modo que possamos contribuir para o pleno exercício de sua cidadania.
 
Abstract: This article approaches the Multiculturalismo in the Liceu school of Camocim: A new to look at for the pupil of the field. The Liceu school of Camocim is the one school of average education of the state public net, in the city of Camocim, with 1150 pupils involving the three turns and with 141 deriving pupils of the field. We evidence that the pupils of the agricultural zone were leaving to make the works extra-classroom, reflecting in pertaining to school overhead, ahead of this problematic one, decide to think about solutions, having as objective the inclusion accomplishes of the pupil of the agricultural zone, in the school giving to it support for a full execution of the pertaining to school activities proposals, in way that can contribute for the full exercise of its citizenship.
 
 
INTRODUÇÃO
 
A educação oficial não integrou parte significativa da realidade da sociedade, a diversidade cultural, preconceito, discriminação, raça, gênero, exclusão, questão rural (Fazendo parte do que tem sido conhecido como multiculturalismo). A falta de integração é fruto do despreparo histórico da escola, decorrente do atrelamento da educação aos interesses econômicos. Hoje o desafio é pensar em alternativas para se trabalhar o multiculturalismo na Escola e no currículo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), por exemplo, apresentam, como um dos eixos transversais, o tema da Pluralidade Cultural, trazendo a necessidade de se levar em conta esta dimensão no cotidiano escolar.
A questão do rural é um dos aspectos do Multiculturalismo, o foco do nosso olhar agora é o aluno do campo, que por vezes fica excluído do processo de aprendizagem por apresentar peculiaridades próprias. E é esse nosso objeto de estudo. A forma de organização de educação no campo é moldada a partir da forma do ensino na cidade, mas as realidades vividas são totalmente diferentes. As culturas e costumes são distintos e os moradores do campo têm sua própria identidade.
O Liceu de Camocim, se encontra nesse mote, como uma escola do interior de nosso Estado, tem a sua diversidade, com um ensino regular, que atende aos alunos da cidade pólo (sede) e os alunos da zona rural, que estes vivem realidades próprias e peculiares e aqueles pretendem fazer vestibular, então a educação e defesa do ensino neste artigo, não é por uma educação de técnicas agrícolas, mas propiciar para esse aluno da zona rural oportunidades de ser inserido no contexto escolar regular.
Apesar desta oportunidade, muitos dos alunos não aproveitam esse estudo, pois se excluem das atividades que são solicitadas, para casa, principalmente quando estas atividades são de grupos. Em que estes dizem que não podem vir para a cidade para se reunir, ficando de fora, sem uma nota, porque também não apresentam alternativas para fazerem o trabalho, esperando do professor a solução. Todavia, este muitas vezes não sabe o porquê, do aluno não está inserido no grupo. Apartir desta constatação, resolvemos buscar alternativas para amenizar essa problemática.
 
 
AFINAL, O QUE É MULTICULTURALISMO?
 
Para uma melhor compreensão da abordagem do multiculturalismo apresentaremos algumas definições para o termo que variam de acordo com o ponto de vista e o contexto sócio -histórico no qual surgem.
 
De acordo com Gonçalves & Silva (2000), o multiculturalismo pode ser entendido como:
 um movimento de idéias que resulta de um tipo de consciência coletiva, para a qual as orientações do agir humano se oporiam a toda forma de ‘centrismos’ culturais, ou seja, de etnocentrismos. Em outros termos, seu ponto de partida é a pluralidade de experiências culturais, que moldam as interações sociais por inteiro (p.14)
 
Stuart Hall (2003) identifica pelo menos seis concepções diferentes de multiculturalismo na atualidade:
1. Multiculturalismo conservador: os dominantes buscam assimilar as minorias diferentes às tradições e costumes da maioria;
2. Multiculturalismo liberal: os diferentes devem ser integrados como iguais na sociedade dominante. A cidadania deve ser universal e igualitária, mas no domínio privado os diferentes podem adotar suas práticas culturais específicas;
3. Multiculturalismo pluralista: os diferentes grupos devem viver separadamente, dentro de uma ordem política federativa;
4. Multiculturalismo comercial: a diferença entre os indivíduos e grupos deve ser resolvida nas relações de mercado e no consumo privado, sem que sejam questionadas as desigualdade de poder e riqueza;
5. Multiculturalismo corporativo (público ou privado): a diferença deve ser administrada, de modo a que os interesses culturais e econômicos das minorias subalternas não incomodem os interesses dos dominantes;
6. Multiculturalismo crítico: questiona a origem das diferenças, criticando a exclusão social, a exclusão política, as formas de privilégio e de hierarquia existentes nas sociedades contemporâneas. Apóia os movimentos de resistência e de rebelião dos dominados.
 
Segundo Walter Praxedes 2004 :
Os multiculturalismos nos ensinam que reconhecer a diferença é reconhecer que existem indivíduos e grupos que são diferentes entre si, mas que possuem direitos correlatos, e que a convivência em uma sociedade democrática depende da aceitação da idéia de compormos uma totalidade social heterogênea na qual:
a) não poderá ocorrer a exclusão de nenhum elemento da totalidade;
b) os conflitos de interesse e de valores deverão ser negociados pacificamente;
c) a diferença deverá ser respeitada.
 
Multiculturalismo é inserir o diferente, aceitando como igual, é nesse contexto que pretendemos incluir o aluno do campo. No meio rural os alunos enfrentam muitos desafios para estudar. Os problemas começam no acesso à escola. Na maioria das vezes, não há transporte de suas casas para as escolas. Como as distâncias entre as propriedades rurais são grandes, os alunos andam quilômetros todos os dias ou faltam muito às aulas e deixam de fazer os trabalhos escolares: pesquisas, trabalhos em grupo, trabalhos individuais...
 
 
O MULTICULTURALISMO NO CONTEXTO ESCOLAR
 
No que se refere ao capital sociocultural, o nível de instrução e o acesso à educação da população de jovens, hoje residentes no campo são importantes indicadores da desigualdade social existente entre o campo e a cidade.
Estes, entre outros fatores como a organização curricular, que desconsidera os tempos e espaços da vida desses jovens do campo e a sua diversidade sociocultural, têm contribuído demasiadamente com os resultados de aprendizagem e indicadores educacionais no Liceu de Camocim Dep. Murilo Aguiar. Uma escola de Ensino Médio que atende nos três turnos 141 alunos do campo, dum total de 1150 alunos.
O fato é que nós educadores de certa forma temos contribuído para o fracasso desses alunos, pois não encontramos ainda uma maneira eficaz de ajudá-los e integrá-los de fato no contexto escolar.
Há pouco tempo atrás os alunos da zona rural não tinham a oportunidade de estudar na escola urbana, hoje a história da educação do século XXI, é promissora desses desafios e coloca o aluno do campo a contemplar e vivenciar os diferentes espaços de aprendizagem formais ou não-formais, por meio dos quais eles possam desenvolver suas aptidões, conhecimentos e qualificações. Possibilitando ainda a busca de uma maior autonomia e melhores condições de enfrentamento das questões.
 O nosso desafio é descobrir quem são os alunos, o que sabem sobre os conteúdos curriculares, como aprendem e o que é necessário para contribuir na construção de sua cidadania. Para isso fizemos um mapeamento dos alunos provenientes do campo, e suas localidades, observando também à distância até a escola, repassando para os professores a realidade, afim de que no momento dos trabalhos em grupo tenham um novo olhar para estes alunos.
É claro que o ideal é que o aluno fosse atendido em sua localidade, mas infelizmente ainda não estamos preparados para essa realidade. Sobre isso o GRUPO PERMANENTE DE TRABALHO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO relata:
 
Enquanto direito, a escola precisa estar onde os sujeitos estão. Por isso, a escola tem que ser construída e organizada no campo. O fato de estar no campo também interfere na produção dos conhecimentos, porque não será uma escola descolada da realidade dos sujeitos. Construir educação do campo significa também construir uma escola do campo, significa estudar para viver no campo, ou seja, inverter a lógica de que se estuda para sair do campo.
 
Vivemos numa sociedade que constantemente procura se adequar ao meio. Na verdade somos seres vivos e a adaptação faz parte do nosso dia-a-dia. Buscamos adaptações diárias em qualquer que seja este meio, desde adaptações e adequações simples, como convivência diária com pessoas queridas até adaptações mais densas como enfrentar um novo trabalho ou buscar o convívio social com grupos distintos. Os alunos da zona rural de Camocim para estudar têm que se deslocar até a cidade. Vindo em carros nada confortáveis, outros ficam em casa de seus parentes, na cidade-sede.
Pretendemos incluir de maneira efetiva o aluno da zona rural, dando-lhe suporte para uma plena execução das atividades propostas.
No Liceu de Camocim verificamos que os alunos da zona rural estavam deixando de fazer os trabalhos extra-classe, e ficando com a nota abaixo da média, a partir desse fato resolvemos pensar em alternativas para esse problema. Proporcionar atividades diversificadas no horário da aula, re-significar os conteúdos, comparando a realidade rural com outras realidades. Definir objetivos, competências e habilidades, focar o conhecimento que é reconstruído em uma parceria entre o professor e os alunos. O professor usando como base as experiências sociais dos alunos incentivando-os a fazer uma análise sobre o conteúdo proposto. Sendo assim, o aluno se inclui no processo de ensino, participando, aprendendo e desenvolvendo suas potencialidades.
 
 
O DESAFIO DO PROFESSOR NA INSERÇÃO SOCIAL DO ALUNO

Sabemos também que com tanta tecnologia existente e tantos artifícios e técnicas variadas que envolvem cada vez mais as pessoas na sociedade atual. A tecnologia, é claro, tem importância indiscutível, pois ela facilita a nossa vida, e muito. Porém o que se torna discutível aqui é que, muitas vezes, estes recursos tecnológicos (ou não) não são aproveitados de maneira correta, principalmente por jovens adolescentes do campo que não têm acesso. Como no caso das pesquisas escolares via internet.
Hoje em dia ser profissional da educação está cada vez mais desafiante diante das diversidades culturais. O motivo de investir na experiência de um ensino voltado ao contexto, e à cultura do aluno.
A forma de abordagem dos conteúdos junto ao aluno do campo, impossibilita-o ou possibilita-o da aquisição de condições mínimas para construir instrumentos de pesquisa e de análise exigidas no desenvolvimento de sua formação. Por isso a necessidade do professor conhecer o seu público, e a realidade onde ele está inserido.
Nos dias atuais percebemos que há preocupações em diversos campos do conhecimento e que cada vez mais se procura encontrar soluções para resolver problemas detectados em locais de trabalho, no nosso caso, com os alunos oriundos do campo. Há a necessidade de desenvolver atividades diversas na escola, para que seja suprida esta dificuldade detectada e, a mesma se torne mais atrativa para os alunos do campo. Para quando esse aluno sair da escola, não tenha adquirido somente conhecimento, mas também seja capaz de ser um cidadão crítico, responsável, criativo, dinâmico, ativo e atuante na sociedade como um todo.
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
Conceito como Educação para a Sustentabilidade (no sentido de manter o aluno na escola), faz parte do linguajar do dia-a-dia, mas nem sempre o seu significado é alvo de reflexão e crítica.
Perante esta realidade social, que vive o Liceu de Camocim, não podemos sustentar uma atitude passiva diante da situação que vive a escola.
Então concluímos que se faz necessária ações diretas de intervenções no sentido de incluir de fato o público alvo em questão.
Propomos assim, uma redução significativa no número de atividades realizadas no contra-turno, ou até mesmo a extinção de trabalhos de grupos fora da escola (já que foi comprovado através de depoimentos dos professores, que os mesmo são cópias vergonhosas uns dos outros, ou simplesmente, copiadas e coladas de algum sitio da internet), qual o valor acadêmico para trabalhos assim?
Havendo atividades na escola, aos sábados, ou contra-turno que no momento do planejamento seja articulada ações no sentido de não deixar de fora esta clientela, tais como, articular um transporte junto ao órgão competente para condução dos mesmos até a escola.
Procurar gerenciar o corpo docente da escola no sentido de reduzir o número de faltas dos Professores, evitando assim, reposição aos sábados, o que resulta em perca para estes alunos, o que se configura como uma forma de exclusão.
No momento de planejamento, a coordenação e o professor planejem suas atividades tendo como foco também as diversidades que a escola abriga.
Procurar sensibilizar estes alunos para que não fiquem para recuperação (bimestralmente), para que não seja necessário virem a escola no período do PRALET (recuperação final), que é um direito que lhe é assegurado, mas não terá o transporte para este período.
Também sensibilizar pais e alunos para as dificuldades que terão se por ventura ficarem em progressão parcial, pois terão que vir duas vezes à cidade.
Agindo assim, acreditamos que o Liceu de Camocim, esteja cumprindo a sua função social, esteja trabalhando para a inclusão de fato. Não estamos falando em currículo, em conteúdos, tratamos aqui de trabalharmos com todos, respeitando as suas particularidades, que não são melhores nem piores, são diferentes.
 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA
 
BRASIL, Iniciativa do Ministério da Educação. Grupo Permanente de Trabalho de Educação do Campo. Referências para uma política Nacional de Educação do Campo. Brasília, DGF. Outubro, 2003.
 
GONÇALVES, L. A. O.; SILVA, P. B. G. O jogo das diferenças: o multiculturalismo e seus contextos. 3ª Ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
 
HALL, S. Da Diáspora: Identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik; Tradução Adelaine La Guardia Resende, Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
 
MOTA, FRANCISCO ALENCAR. Trabalho, desenvolvimento e educação: processos sociais e ação docente. Fascículo 3- Educação: uma política para a construção da cidadania. Fortaleza: Tipogresso, 2007.
 
PRAXEDES, WALTER. Revista espaço acadêmico nº. 42 nov. 2004.
 

 

 

 

 
Autoria do Estudo:
 
Antônia Maria Araújo
Graduada em Estudos Sociais   e Especialista no Ensino Fundamental e Médio 
 
Aradilma Pereira da Silva
Graduada em Pedagogia , com Habilitação em Orientação Educacional e Especialista em Metodologia do Ensino Fundamental
E-mail: diuma2007@hotmail.com
 
Francisca Elane Costa e Silva
Graduada em Pedagogia, Licenciada em Português e suas Literaturas e Especialista em Tecnologia da Educação e Ensino do Português
E-mail: Elanecosta@hotmail.com
 
José Amilton Araújo Dourado
Licenciado em Filosofia e Especialista em História Política do Brasil
E-mail: lasfibras@hotmail.com
 
Luzirene Vituriano de Lima
Graduada em Pedagogia, com Habilitação em História e Geografia e Especializanda em Metodologia do Ensino de História e Geografia
E-mail: Luzirene_lima@hotmail.com
 
Maria José Gomes
Graduada em Pedagogia, com Habilitação em Língua Portuguesa e Inglês e Especialista em Psicopedagogia
E-mail: Maze_loura@hotmail.com
 
Sílvia Almada Dutra Dourado
Licenciada em História e Especialista em História Política do Brasil
E-mail: Silviaalmada@hotmail.com
 
UFC - REDE/MEC
Universidade Federal do Ceará - Núcleo de Pesquisas e Estudos em Educação Continuada para o Desenvolvimento das Humanidades
Programa de Tutoria em Células de Formação Continuada para as Humanidades
TURMA 1 – CAMOCIM
TUTOR: ADALBERTO XIMENES
 

 

 

 

UFC - Universidade Federal do Ceara - Humanas.jpg

UFC - REDE/MEC
Universidade Federal do Ceará - Núcleo de Pesquisas e Estudos em Educação Continuada para o Desenvolvimento das Humanidades
 
 

 

 

publicado por raio às 00:26

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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007

Os Oportunistas e as ...

Novas Oportunidades
 
Impelida por uma súbita reminiscência, Maria Relâmpago, vira-se para João Trovão e expressa a sua surpresa:
- Eh! João!... Já está em curso há tanto tempo aquela iniciativa das “Novas Oportunidades” e tu nunca me disseste o que pensas disso ...
- Quê? Aquela coisa de subir artificialmente a qualificação dos portugueses?
- Qualificação ... Não! Quem Entra nesses programas pouco ou nada aprende ... sobe é a sua escolaridade ...
- Percebo! ... entra-se lá com uns determinados conhecimentos e com a 2ª classe ... e sai-se com os mesmos conhecimentos, mas com o 12.º ano de escolaridade ... isso faz-me pensar que o nosso Primeiro-Ministro quis proporcionar a todos os portugueses aquilo de que beneficiou ... ou seja quer que todos sejamos “engenheiros” mesmo sem o sermos ...
- Mas também não convém esquecer que o programa interage com todos os outros que têm por objectivo qualificar a mão-de-obra nacional ... se a isso se juntar o facto de o governo só querer permitir a entrada no nosso país de imigrantes altamente qualificados ... sobra um pergunta ... com tanta gente altamente qualificada quem vai fazer os trabalhos que exigem pouca qualificação?
- Quê aquele trabalhos por exemplo de limpar as bermas, e as valetas, as ribeiras e as matas, desobstruir os colectores de esgoto?
- Esses são só alguns exemplos ...
- Para fazer isso não há ninguém! ... Afinal, desta forma deixa de haver trabalhadores indiferenciados ...
- Mas como é que as Câmaras se justificam perante os munícipes e o governo perante os cidadãos, quando, por esses trabalhos não serem efectuados, acabem por provocar danos? ...
Para a pergunta de Maria, João tem a resposta na ponta da língua:
- E porque é que achas que essas instituições estão cheias de juristas, advogados e assessores de imprensa hábeis em argumentar com os fundamentos sem nexo e completamente fora de contexto?... e que com um pouco de habilidade ainda conseguem “virar o bico ao prego” e acusar de difamação ... quem denuncia a postura displicente dos organismos oficiais ... para os quais eles “trabalham” ...
 
publicado por raio às 08:24

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Sábado, 18 de Agosto de 2007

Discriminação Positiva ... de uns ...

Que impliquem a discriminação negativa dos outros ... Não! Obrigado ...
 
Os problema laborais que afectam os portugueses levam a que Maria Relâmpago e João Trovão falem sobre o assunto e Maria lança a observação:
- Falas tanto na necessidade de criação de emprego, parece que o Governo te ouve e já estão em vigor medidas de apoio ao emprego que se baseiam na discriminação positiva de alguns sectores da população ... como sejam as pessoas com mais de 55 anos, jovens licenciados, estagiários, deficientes ...
- Gostaria de estar de acordo com essas medidas ... mas infelizmente ... elas não estão devidamente estruturadas e acabam por beneficiar uns, só porque prejudicam os outros ....
- Então?
- As medidas decretadas, beneficiam esses trabalhadores na medida em que as empresas onde vierem a laborar ficam isentas de alguns encargos, que serão suportados pelo Estado ... ao contrário do que aconteceria se essas empresas tivessem trabalhadores normais ...
- Não estou a ver onde está o mal.
- O problema é que como na legislação não há nada que obrigue as empresas a manter ao seu serviço o ou um número de trabalhadores normais ... o que está a acontecer é que as empresas estão a meter gente discriminada positivamente e está a despedir ou a não renovar os contractos com os outros ... aqueles pagam os impostos ... e que desta forma se vêem sem emprego ao mesmo tempo que vêem o dinheiro que descontaram a ser esbanjado em medidas demagógicas e cuja artificialidade não terá nenhumas consequências benéficas a médio e longo prazo ... antes pelo contrário!... Assim Não!!!...
 
publicado por raio às 08:07

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