Sexta-feira, 22 de Maio de 2009
Criminalidade / Imigração
Em frente ao computador, João Trovão depara-se com a informação de que o PGR – Procurador-Geral da República de Portugal, Pinto Monteiro recusa uma ligação directa entre criminalidade e imigração, e logo pergunta a Maria Relâmpago o que esta pensa sobre a matéria, ao que esta prontamente responde:
- Esse tipo deve ser doido, doido ou não sabe o que se passa em Portugal!
Surpreendido com a reacção da sua esposa, João interpela:
- Mas querida … no nosso país sempre houve criminalidade … e criminalidade de todo o tipo …
- Olha-me este! Também tu! … só te digo que com a vinda dos imigrantes a criminalidade aumentou …e ponto final! … Aliás, basta ver que os imigrantes são vitimas de roubo por parte do Estado que lhes cobra mundos e fundos por uma pseudo-legalização – um autêntico roubo, como roubo é o que muitos patrões fazem aos imigrantes que não tendo as papeladas resolvidas, obrigando-os a trabalhar em trabalho de escravo sem lhes pagar minimamente o que lhes é devido … agora diz-me lá se com a vinda dos imigrantes houve ou não houve um aumento da criminalidade?
Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008
Podem levar ao aumento deste tipo de crimes … Hei! o caso é sério! Não é para rir …
Antes de ir para a cama, João Trovão e Maria Relâmpago põem as “últimas” em dia.
… Até que João pergunta:
- Maria … tu ouviste aquela notícia de que o responsável pelo Gabinete Coordenador de Segurança, Leonel de Carvalho deu a entender, numa entrevista, que o aumento de assaltos, que se tem vindo a verificar no país, se deve a um excessivo mediatismo de notícias relacionadas com esse tipo de crime?
- Não, mas isso é normal!
- Normal? Ou anormal? ... Para mim parece-me uma anormalidade de todo o tamanho!
- Querido! Se se ouvem tantas notícias de assaltos e nunca se ouve dizer que os assaltantes são punidos, até porque na realidade não o são! Enquanto, ao mesmo tempo, qualquer polícia que atire sobre um bando de criminosos, mesmo que seja em flagrante delito, é facilmente punido … nestas circunstâncias é bem normal que a criminalidade aumente …
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Quinta-feira, 21 de Agosto de 2008
pouco mudou no tema das conversas
Aproveitando o fresco da noite, João Trovão e Maria Relâmpago, dão um pequeno passeio, sentam-se num bar e tomam uma bebida refrescante, olhando de relance para a televisão e escutando os zunzuns das mesas mais próximas, Maria observa:
- Já viste isto? Como a vitória de Nelson Évora, alterou os temas das conversas …
- Pouco se nota …
- Pouco se nota? Então ainda ontem crucificavam os atletas portugueses que estão ou estavam em Pequim … e hoje já parece que são deuses, até mesmo a comunicação social é reflexo dessa alteração!
- Foi uma alteração muito, mas mesmo muito ligeira … de tal maneira que ao tema mais abordado ultimamente só tiraram um “a” e um “s”.
- Como assim? – Pergunta Maria, indignada com as observações de João.
- Querida! As alterações são tão ligeiras que ainda ontem as televisões enchiam os noticiários com os assaltos e hoje enchem com o triplo salto!
Segunda-feira, 18 de Agosto de 2008
Judiciário”
- Já viste aí alguma coisa sobre o “novo mapa judiciário”? – Pergunta que Maria Relâmpago faz a João Trovão enquanto este navegava na Internet.
- Mapa judiciário?
- Sim! Noticiaram ali na televisão que na semana passada, Cavaco Silva promulgou o novo “mapa judiciário” uma tal … de … Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais …
- Bem, o nome de mapa judiciário é interessante! E bem que já era preciso! … Porque nestes últimos tempos a Justiça tem trilhado maus caminhos e bem sinuosos … mas … agora que já vamos ter o mapa … esperemos que também arranjem instrumentos de navegação e orientação, GPS’s, bússolas … caso contrário corremos o risco da Justiça entrar num beco sem saída!...
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Com muitos “cavalos” … “índios”… assaltos … tiros …
Lendo o jornal, ao colocar-se a par das noticias que fazem a actualidade nacional, João Trovão desabafa para a sua esposa:
- Já viste isto Maria? … agora não há dia em que não haja tiros … assaltos …
Ironizando, Maria Relâmpago responde:
- Oh! Quanto é que não vale isso? Até já parece um daqueles eventos, ditos culturais, em que se revive o passado … assim estamos a reviver o Farwest, com muitos “cavalos”, “índios”, assaltos, tiros, xerifes desautorizados … olha! e com a vantagem de não ter que se comprar bilhete!
- Estás a brincar … mas o caso é sério! … O problema está no facto de termos uma justiça que deixa andar os criminosos à solta e que prende os polícias … prendessem esta gentalha e acabavam-se os problemas!
- Olha! Estás a delirar com febre ou isso é mesmo parvoíce natural?
Irritado com a situação, João pergunta:
- Mas o que é que eu disse assim tão absurdo?
Maria explica:
- De absurdo? Perguntas tu? … bem mais do que isso … Querias tu, que os criminosos, os arruaceiros fossem parar à cadeia? … e depois os advogados e todos os funcionários que trabalham na justiça vão fazer o quê? … mais! tu sabes que o Estado não ganha nada com as prisões, aquilo é só despesa … e se fossem a prender todos os prevaricadores, não havia prisões para todos … o que iria aumentar a superlotação das existentes e de certeza que aumentaria a violência e a insegurança entre grades … e depois lá vinham as associaçõezinhas ditas de defesa dos direitos humanos, clamar por melhores condições para os prisioneiros … é melhor, é deixar ficar tudo como está …
- És capaz de ter razão … com um pouco de sorte … talvez algum político da nossa praça, ou algum dos seus familiares leve um tiro … para se tornar na “cereja em cima do bolo” do espectáculo a que temos vindo a assistir diariamente …